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Índia quer negócios com Brasil aqui e fora do País

São Paulo, O governo da Índia espera que até o final do ano seja assinado um memorando de entendimentos com a Petrobras na área de energia. A expectativa dos indianos é de que empresas dos dois países operem juntas no país asiático e aqui, e também em outras economias, como na Rússia, na África e no sudeste asiático, disse a este jornal Maninder Singh, diretor do Ministério do Petróleo e Gás Natural da Índia.

Enquanto isso, a estatal Oil and National Gas Corporation (ONGC) já planeja investir neste ano cerca de US$ 700 milhões na exploração e produção de petróleo no Brasil – além do US$ 1,4 bilhão que se estima que a empresa pagará à ExxonMobil pela participação de 30% no projeto Pão de Açúcar na Bacia de Santos, negócio anunciado semana passada. E deverá ocorrer um road show em junho, no Rio de Janeiro, para a divulgação da licitação que vai de fevereiro a agosto, no país asiático, para exploração de 55 blocos de petróleo e gás e de 10 blocos de carvão.

A Índia tem forte déficit na área de petróleo. A produção gira em torno de 800 mil barris ao dia, o que cobre apenas 30% da demanda interna. As importação são em especial da Nigéria, Arábia Saudita e Venezuela. Do Brasil, comprou cerca de US$ 60 milhões em 2005.

Segundo Singh, os US$ 700 milhões poderão ser investidos em compras de negócios de multinacionais ou pertencentes ao governo brasileiro. Opções de compra estão em estudo.

Sobre etanol, os indianos querem comprar o produto e a tecnologia de produção. O país produz muito pouco.