A Índia, segunda maior produtora de açúcar atrás do Brasil, concederá aos seus produtores de açúcar, pelo período de um ano, incentivos à exportação da commodity para impedir que sua produção recorde gere uma superoferta no mercado interno, segundo informações das agências internacionais.
As produtoras de açúcar localizadas nos Estados costeiros da Índia receberão incentivos no valor de 1.350 rúpias (US$ 32) por tonelada, enquanto as usinas de áreas situadas no interior do país receberão 1.450 rúpias por tonelada, disse o Ministério de Assuntos Alimentares, do Consumidor e da Distribuição Pública em nota à imprensa.
A decisão da Índia poderá colocar ainda mais pressão sobre os preços do açúcar, que recuaram 34% nos últimos 12 meses em Londres devido aos sinais de que o Brasil, a Índia e a Tailândia, países que são os maiores produtores mundiais da commodity, colherão safras de cana-de-açúcar maiores. A Índia poderá exportar cerca de 3 milhões de toneladas de açúcar no ano que se encerrará em setembro próximo, em parte ajudada pelos incentivos governamentais.
Os preços do açúcar na Índia recuaram mais de 20% nos últimos 12 meses devido a previsões de uma safra de cana recorde, o que aumenta a pressão sobre as usinas locais para que elas elevem suas exportações. A redução dos preços do açúcar diminuiu os lucros das três maiores produtoras de açúcar da Índia, a Bajaj Hindusthan Ltd., a Balrampur Chini Mills Ltd. e a Shree Renuka Sugars