A nova pesquisa de campo do Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal) detectou aumento significativo de incidência de percevejos, tanto na soja quanto no milho, na safra 2022/23 em comparação com a safra 2021/22.
O relatório apontou que o crescimento foi impulsionado pela normalização do clima e pelo aumento de produção de grãos, inclusive com expansão de área, o que favorece o surgimento e o desenvolvimento de pragas.
Nas lavouras de soja, a incidência de percevejos cresceu 6.3%. No milho, a curva ascendente chegou a 10.8%. A expansão da área cultivada em ambas as culturas ajuda a explicar a recorrência da praga: na soja, expansão de 6.2% de área cultivada; no milho, 3.5%.
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Até mesmo os produtores de algodão enfrentaram enorme desafio no manejo de insetos na safra 2022/23, ainda que a área cultivada tenha expandido apenas 3.8% em relação à safra 2021/22. Para se ter uma ideia, a incidência da mosca branca aumentou 3.7% neste período. Já a incidência do bicudo-do-algodoeiro cresceu 17.3%, superando o pico de infestação registrado na safra 2019/20.
“Estes cenários demonstram a importância das tecnologias de proteção de cultivos para que os agricultores brasileiros sigam aumentando a produtividade, ano após ano, garantindo assim à sociedade, uma oferta crescente por alimentos e fibras”, comenta Júlio Borges Garcia, presidente do Sindiveg.
Área tratada
O relatório indica ainda que, em consequência da proliferação das pragas, a área tratada com defensivos (PAT) aumentou 13.4% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, principalmente por conta da cultura da soja. A oleaginosa atualmente representa 37% do total da área tratada (contra 33% nos primeiros três meses de 2022).
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“Interessante notar que estes números estão em linha com os últimos dados publicados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que mostrou que a produtividade da soja aumentou 15% na safra 2022/23 em relação à safra 2021/22”, diz Garcia.
“Obviamente, a produtividade cresce pela adoção de muitas tecnologias integradas no campo, inclusive, a de defensivos agrícolas. Afinal, são os defensivos que permitem às plantas crescer e dar frutos, ao protegê-las do ataque de pragas, doenças e plantas daninhas”, explica o executivo.