Representante da Coimex Trading, Antonio Petzold contou que a empresa atua nas áreas de logística, comércio exterior e concessão de rodovias, tendo grande foco em responsabilidade social.
– Atendemos a mais de 130 mil crianças em todo o mundo e faturamos cerca de US$ 1 bilhão/ano. Atualmente, gostaria que a Índia fizesse alto investimento em etanol, pois ninguém quer depender de um único grande produtor (o Brasil) e de um único grande exportador (idem) – ele disse.
O executivo da Coimex destacou que da terra agricultável do Brasil, somente 1% é usado para a plantação de etanol e 2% para o cultivo de cana-de-açúcar, o que enfraquece o discurso daqueles que criticam o Brasil por trocar o cultivo de alimentos pelos lucros provenientes do mercado de combustíveis alternativos.
– O mercado do etanol é muito novo e convive com o fato de não ter preços internacionais estabelecidos, como ocorre com outros produtos combustíveis, como a gasolina, por exemplo. Não existe precificação internacional do álcool, e isso é um dificultador para quem atua no setor. No mercado de álcool, por exemplo, sequer se sabe prever os preços que serão praticados em 30 dias.
No Brasil, Petzold lembrou que são cerca de 7 milhões de carros que rodam com a tecnologia flex.
– Atualmente, vale lembrar que isso representa nada menos que 90% de toda a produção do país. E essa realidade não pode ser desconsiderada por ninguém.
Ele argumentou que a mistura de álcool na gasolina deveria começar o mais rapidamente possível em países como Índia, África do Sul e Austrália, que poderiam satisfazer dessa forma o anseio de suas populações por um combustível alternativo.
– Essa mistura seria benéfica para consumidores e produtores, sem falar nas vantagens em termos ambientais e ecológicas que o álcool oferece em comparação com a gasolin a – concluiu.