O Congresso Nacional está devolvendo aos contribuintes, neste ano, nada menos que R$7,4 bilhões. É o resultado, em contas aproximadas, do atraso na aprovação da nova CPMF (R$ 3,2 bilhões); correção da tabela do IR (R$ 3,2 bilhões); isenção da CPMF nas bolsas de valores e mercado de capitais (R$ 700 milhões); e da derrubada do aumento da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) para empresas prestadoras de serviços (R$ 300 milhões). É dinheiro. Equivale a cerca de 0,6% do Produto Interno Bruto, sendo, portanto, uma significativa redução da carga tributária. Não era o que todos pediam? Se há um consenso nacional, esse se refere à tese segundo a qual as pessoas e as empresas brasileiras pagam muitos impostos. E é verdade. De cada R$ 100,00 produzidos no País, R$ 34,00 vão para os cofres federais, estaduais e municipais. É demasiado. Estima-se que,
para o estágio atual de nossa economia, essa carga tributária deveria ficar em torno dos 25%. Ou seja, paga-se no Brasil quase um quarto a mais do que seria o adequado. (O Estado de São Paulo)