Conforme texto de Chris Prentrice, da agência Reuters, também divulgado pelo portal Exame, compradores dos EUA de etanol brasileiro cancelaram ou adiaram contratos para carregamento do biocombustível brasileiro.
Conforme operadores, o cancelamento ou adiamento dos embarques originalmente agendados para o fim do ano chegam a 40 mil metros cúbicos (40 milhões de litros), cerca de 252 mil barris. A informação foi apurada pela Reuters junto a três fontes.
A decisão dos importadores assinala o fim de uma oportunidade de negociações arbitrada que impulsionou uma onda de importações nos últimos meses, inchando os estoques dos EUA e afetando os preços.
Conforme a agência de notícias, a janela de importações foi “completamente fechada”, disse um operador dos EUA, citando o aumento dos preços no mercado físico de etanol no Brasil após a Petrobras decidir aumentar os preços da gasolina, impulsionando a demanda por biocombustível.
Preço alto
Os preços à vista do etanol no Brasil saltaram para uma máxima de 5 meses e meio, de 1,741 dólar por galão (3,7 litros), recuperando-se das mínimas de seis anos atingidas em setembro, e enviando o combustível brasileiro para um prêmio acima do etanol norte-americano, que está sendo negociado em cerca de 1,62 dólar por galão no centro de entregas do Meio-Oeste dos EUA, em Argo, Illinois.
Isso tornou as importações de biocombustível de cana-de-açúcar menos atraentes para os compradores norte-americanos, que podem em vez disso comprar o etanol de milho produzido nos EUA, onde os preços continuam sob pressão por causa dos grandes estoques e aumento crescente de produção.