A previsão de retomada do setor de importação de máquinas e equipamentos não se concretizará neste ano.
Após registrar queda de 20% em 2012, o segmento acreditava que cresceria o suficiente em 2013 para recuperar a perda –hipótese que já foi descartada.
“O mercado precisa apresentar uma melhora até dezembro para chegar novamente aos US$ 2 bilhões [faturamento do setor em 2012]”, diz o presidente da Abimei (associação brasileira dos importadores de equipamentos), Ennio Crispino.
“Se continuar como está, certamente terá retração entre 5% e 10%.”
O baixo ritmo da atividade industrial –que cresceu apenas 0,8% no primeiro semestre– é a principal causa do resultado negativo, de acordo com Crispino.
A instabilidade do real também prejudica. “As empresas adiam suas decisões de investimentos enquanto a moeda não se mantém em um mesmo patamar. Já tivemos cancelamentos e postergações de encomendas.”
O presidente da entidade afirma que a indefinição do câmbio é pior do que o valor da moeda.
“A desvalorização do real faz com que as indústrias ganhem fôlego. Os que exportam mais poderão fechar novos contratos. Esse aumento de produção pode criar a necessidade de investir em maquinário”, afirma.
O setor de petróleo e gás, do qual se esperava um grande volume de encomendas, foi o que mais decepcionou até agora, ainda segundo Crispino. “As empresas que dependem da Petrobras estão em apuros.”