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Importação de etanol e gasolina evita crise de abastecimento, diz diretor da ANP

Apesar da fabricação em torno de 1 bilhão de litros de etanol no início da safra canavieira do Centro-Sul, a crise de abastecimento na entressafra somente não aconteceu porque o país importou etanol e gasolina. A afirmação é do diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, durante a abertura do Ethanol Summit 2011. “O abastecimento deixou a desejar e os preços elevados criaram um constrangimento ao consumidor. Então o governo resolveu regular o mercado de etanol, que passou a ser visto como um combustível e acompanhado pela ANP. Com responsabilidade e seriedade formou um grupo de trabalho que estuda medidas para enfrentar e evitar o problema no futuro. O primeiro passo foi aumentar a capacidade de investimento do setor”, comentou.

Segundo ele, o etanol tem uma trajetória longa de sucesso, passando por diversos momentos da história e chegando a revitalização do segmento no governo Lula. “Até 2008 o segmento crescia na ordem de 10%, mas quando a crise chegou passou a crescer somente de 3% a 4%”, lembrou Lima.

Ainda de acordo com o diretor, as fusões e aquisições fizeram com que aparticipação do capítal estrangeiro no país crescesse em quatro anos, de 7% para 22%. “Ao longo dos seus quase 300 anos de história, a indústria sucroenergética alcançou um lugar de destaque no mundo”, ressaltou.