Superávit diminuiu na semana passada, com importação subindo 46,9%. A balança comercial brasileira registrou um saldo positivo de US$ 546 milhões na segunda semana deste mês, resultado de exportações no montante de US$ 2,20 bilhões e importações no valor de U$$ 1,66 bilhão. Na primeira quinzena de novembro, as exportações de produtos brasileiros totalizaram US$ 3,79 bilhões, enquanto as compras feitas em outros países somaram US$ 2,56 bilhões, com um resultado favorável ao Brasil de US$1,23 bilhão. De acordo com os dados estatísticos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de janeiro até à segunda semana deste mês, as exportações renderam US$ 82,91 bilhões em divisas e as importações representam gastos de US$ 53,56 bilhões. Nesse período, o superávit acumulado é de US$ 29,35 bilhões.
Na segunda semana de novembro, a média diária das exportações chegou a US$ 441,2 milhões, valor 11,2% superior ao da média de US$ 396,8 milhões da primeira semana do mês, em razão da expansão de todas as categorias de produtos. As vendas de produtos manufaturados cresceram 15,4%, por conta, principalmente, de motores para veículos, veículos de carga, calçados, aparelhos transmissores e receptores e máquinas e aparelhos para terraplanagem.
As vendas de produtos básicos aumentaram 8,8%, devido ao maior volume de embarques de minério de ferro, petróleo em bruto, carne de frango, bovina e suína, e café em grão.E os produtos semimanufaturados mostraram expansão de 6,4%,turbinados pelas vendas de açúcar em bruto, ferro fundido, celulose e alumínio em bruto). Na ponta das importações, na comparação da média da segunda semana com a média da primeira semana do mês, os gastos aumentaram 46,9%, saltando de US$ 226 milhões para US$ 332 milhões.
Semimanufaturado cresce 77%
Nas exportações, comparando-se a média das suas primeiras semanas deste mês, de US$ 421,4 milhões, com a média de novembro do ano passado, de US$ 299 milhões, houve crescimento de 41%, por causa do aumento das vendas nas três categorias de produtos. Os semimanufaturados tiveram expansão de 77,3%, de US$ 40,8 milhões para US$ 72,4 milhões, refletindo as vendas de produtos semimanufaturados de ferro e aço, açúcar em bruto, ferro fundido, ferro-ligas, alumínio em bruto, madeira serrada, couros e peles, e celulose.
As vendas de produtos básicos, por sua vez, cresceram 41,4%, de US$ 80,8 milhões para US$ 114,2 milhões, devido a maiores exportações de fumo em folhas, petróleo bruto, soja em grão, minério de ferro, café em grão e carnes de frango, bovina e suína. Já os manufaturados mostraram aumento de 33,4%, de US$ 172,8 milhões para US$ 230,5 milhões, por conta principalmente de óleos combustíveis, máquinas e aparelhos para terraplanagem, veículos de carga, bombas e compressores, autopeças, motores para veículos, móveis, calçados e laminados planos.
Em relação às importações, a média diária das duas primeiras semanas de novembro foi de US$ 284,9 milhões, ficando 33,7% acima da média de novembro do ano passado, de US$ 213,2 milhões, mas foi 2,4% inferior à de outubro último, que havia sido de US$ 291,8 milhões. No comparativo com novembro do ano passado, aumentaram os gastos com produtos siderúrgicos (72,5%), veículos automóveis e partes (70,4%), produtos farmacêuticos (56,9%), plásticos e obras (55,0%), instrumentos de ótica, precisão e médicos (39,4%), equipamentos elétricos e eletrônicos (34,1%), químicos orgânicos e inorgânicos (33,2%), combustíveis e lubrificantes (31,6%) e equipamentos mecânicos (30,7%).