Os ventos que sopram em Ijuí poderão gerar energia elétrica em breve. Com autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para implantar um projeto eólico de até 5 megawatts (MW), o Departamento Municipal de Energia de Ijuí (Demei) desenvolveu um estudo de medição de ventos no município ao longo de um ano. O resultado atestou a possibilidade de gerão eólica.
Os levantamentos, apresentados terça-feira ao secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, indicam a existência de ventos a uma velocidade média de 6 m/s.
– Em Osório, por exemplo, onde está sendo construído o segundo maior parque eólico do mundo, os ventos ficam ao redor de 8 m/s – explica Andres.
O secretário determinou à equipe técnica da pasta a realização de estudo de viabilidade técnico-econômica para instalar o parque eólico em Ijuí. Andres explica que o trabalho da Secretaria de Energia será no sentido de indicar o melhor caminho técnico e financeiro para colocar em prática o projeto.
Andres calcula serem necessários investimentos de R$ 3,3 milhões para cada megawatt de energia eólica gerado. O prefeito de Ijuí, Valdir Heck, afirma que o município possui uma área no distrito Floresta, a 200 metros de rede de transmissão de energia, que poderia ser utilizada na futura instalação de uma usina eólica.
Pela proximidade, os custos para levar a energia produzida pelos ventos até o sistema elétrico
gaúcho seriam mínimos – argumenta.
O diretor-presidente do Demei, Nilo Leal, acredita ser viável a construção de um parque eólico de 2 MW. Atualmente, o Demei possui duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), a Usina Velha, localizada no Rio Potiribu, e a Passo de Ajuricaba, localizada no Rio Ijuí. Juntas, estas usinas geram 4 MW e atendem 28% do consumo de energia de Ijuí. O Demei ainda tem licença de instalação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e da Aneel para a implantação de mais uma PCH de 3,8 MW no Rio Ijuí.