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Ietha espera recuperação das exportações a partir de 2011

JC – Qual o panorama atual da Ietha?

Sherman – As exportações de etanol caíram de 5 bilhões de litros em 2008 para 3 bilhões em 2009, principalmente em função do clima, que prejudicou a moagem. Exportar tornou-se inviável. A previsão para 2010 também não é tão otimista, mas a Ietha continua seu trabalho, porque as exportações vão se recuperar em 2011 e 2012. O Brasil precisa estar preparado para isso.

JC – Como a associação está se preparando?

Sherman – Nosso modelo de contrato FOB (Free On Board) foi lançado em 2008. Fizemos a primeira revisão do documento em 2009. Foi muito positivo, pois ajustamos algumas cláusulas por indicação do próprio setor. Tais modificações foram aprovadas pelo conselho. Em 2009 realizamos um seminário de logística, para cerca de 100 pessoas, para mostrar às empresas que ainda não exportam, como funciona o processo. Explicamos o funcionamento do contrato FOB, como se contrata transporte, espaço no porto, inspeções, frete até o destino e a distribuição na Europa. Usamos o porto de Roterdã (Holanda) como exemplo.

JC – Como o senhor avalia os modelos de contratos de exportação?

Sherman – Estamos trabalhando para melhorar as cláusulas sustentáveis dos contratos europeus. Nossos associados reclamam, porque as empresas, os países, têm suas próprias regras. Muitas cláusulas são extensas. Temos um comitê cuidando disso. Estamos analisando essas cláusulas na tentativa de simplificar e consolidar um documento. Temos especialistas, de várias empresas, recomendando essa simplificação.

JC – Como o senhor vê o fechamento da Crystalsev?

Sherman – A Crystalsev era formada por vários grupos. Alguns deles foram comprados por outros grupos. Com isso, a Ietha perdeu associado. Mas isso tem acontecido com várias outras empresas. É uma tendência. A Brenco, por exemplo, agora é parte da ETH. A Equipav também foi comprada. Isso logicamente tem afetado nosso grupo. No entanto, é uma consolidação do setor. Já era esperado.