A Ietha (International Ethanol Trade Association), associação não-comercial, de caráter supranacional, e que tem como missão criar e difundir normas de comércio que regulem e facilitem a negociação do etanol em suas diversas especificações, deverá criar um selo de
sustentabilidade para o setor sucroalcooleiro. Segundo Paulo Francisco de Siqueira Costa, secretário-executivo da Ietha, o selo de sustentabilidade deverá ser criado para atender às exigências
internacionais. “Estamos nos antecipando a uma demanda”, disse. “O aquecimento global é um preocupação mundial e real.”
A entidade já trabalha na criação de regras que visam disciplinar o mercado internacional de álcool, afirma Siqueira
Costa.
Criada no final de outubro de 2006, a entidade conta com empresas sediadas em sete países, congregando representantes de produtores de etanol, entidades supervisoras de qualidade, tradings nacionais
e internacionais, companhias ligadas ao transporte marítimo de granéis
líquidos e distribuidores de combustíveis, usuários finais do etanol.
A entidade montou grupos de trabalho para discutir as principais demandas do setor. Um desses grupos se dedica à construção de um contrato padrão para o comércio de álcool em suas várias especificações, incluindo a indicação de uma câmara de arbitragem que solucione os conflitos oriundos da interpretação deste futuro contrato. Uma outra comissão trabalha na constituição de um Charter-Party que unifique as regras para contratação
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de frete marítimo.
Outra frente se dedica ao estabelecimento de especificações de qualidade, visando consolidar em um pequeno número os incontáveis “padrões” de álcool hoje negociados. Uma vez concluído este primeiro grande projeto espera-se que o mercado internacional
de álcool combustível já tenha atingido um volume que permita a criação de um mercado de futuros com liquidez compatível às necessidades dos vários operadores deste mercado, em local ainda a ser definido, segundo a Ietha.
Esses contratos deverão ser apresentados em maio para os conselheiros
da Ietha, para serem submetidos à aprovação. Um trabalho parecido com o organizado pela Ietha (International Ethanol
Trade Association) também começa a ganhar corpo no sentido de padronizar o álcool combustível. O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) e o National Institute of Standards and Technology (Nist), órgão de metrologia dos EUA, começaram a discutir no final do ano passado uma padronização internacional para o álcool combustível.
Os dois órgãos vão trabalhar juntos para criar uma padronização internacional para o álcool combustível. Um protocolo de intenções foi assinado em dezembro de 2006 entre o Inmetro e o Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool), da região de Piracicaba (SP), com
o objetivo de desenvolver padrões e materiais de referência com rastreabilidade internacional para a produção de álcool.
