O Índice do Custo de Vida (ICV) no município de São Paulo, calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), registrou variação positiva de 0,52% em março, acima das previsões da coordenadora do índice, Cornélia Nogueira Porto, que estimava uma inflação de 0,10%.
A aceleração registrada no mês passado significa um aumento de 0,40 ponto percentual em relação à taxa registrada em fevereiro, quando o índice teve elevação de 0,12%. A inflação acumulada nos três primeiros meses do ano é de 1,37%.
Cornélia explica que o grupo transportes, que registrou alta de 3,42% em março, foi o principal responsável pela elevação do ICV em São Paulo, contribuindo com 0,58 ponto percentual na elevação da taxa. Por outro lado, a alimentação teve queda de 0,28%. “Se não fosse a elevação no álcool combustível, a taxa de março do ICV seria negativa para tods os estratos”, ressaltou a economista.
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Pelo terceiro mês consecutivo, a alta verificada nos transportes supera a taxa mensal e derivou, exclusivamente, do comportamento do subgrupo individual (4,64%), conseqüência do aumento explosivo nos combustíveis (7,15%): a gasolina subiu 4,02% e álcool 16,13%. O transporte coletivo, nestes três primeiros meses de 2006, não teve modificação em suas tarifas.
Para o mês de abril, Cornélia afirmou que continua otimista em relação a inflação no Brasil e acredita que o ICV registre inflação de 0,20%.
