O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Governo Federal, planeja recolocar transporte hidroviário no orçamento do governo federal através do Plano Nacional de Navegação. Na primeira fase, o projeto prevê a expansão da hidrovia Paraná-Tietê, via de navegação que liga o Paraná aos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás.
O projeto tem orçamento estimado em R$ 5,5 bilhões e contempla a construção de eclusas, trabalho de derrocamento, dragagem e adequação de via navegável nos rios Paraná, Tietê, Paranapanema, Grande e Parnaíba. O trecho navegável entre os cinco estados poderá subir de 1,7 mil para 3,1 mil quilômetros. A capacidade de carga nos rios passaria de 5 milhões para 30 milhões de toneladas.
O Dnit pretende mobilizar o setor produtivo, políticos e dirigentes de órgãos públicos para que o Plano Nacional de Navegação ganhe projeção e seja colocado no Plano Plurianual do governo. Cálculos preliminares indicam que 80% de recursos serão federais e os outros 20% privados, com ou sem a participação do estado. O Dnit estima que as obras sejam concluídas em 6 anos.
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A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) vê com bons olhos o projeto de ampliação da hidrovia Paraná-Tietê. Para o coordenador do conselho temático de infraestrutura da entidade, Paulo Ceschin, o plano do Dnit garantiria uma alternativa importante para as indústrias do estado. Atualmente a hidrovia corresponde a menos de 5% do transporte do Paraná. “O plano do Dnit mostra vontade política. Hoje se aproveita muito pouco a capacidade hidroviária do Brasil. Precisamos de um plano para que transforme a hidrovia em plenamente navegável”.
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