Com o início do ciclo 21/22 e previsões de quebra de safra devido às intempéries climáticas, usinas e produtores de cana-de-açúcar estão em busca de reduzir os custos no cultivo. Principalmente porque o custo de produção agrícola é um dos mais onerosos para as usinas.
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Nesse sentido, não restam dúvidas de que as tecnologias voltadas para a área agrícola contribuíram muito com o aumento de produtividade da cana nas últimas safras e é certo que na 21/22 elas serão essenciais para manter a sustentabilidade da produção, principalmente através da redução de custos esses recursos tecnológicos ganham importância ainda maior neste início de safra.
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Uma das tecnologias que prometem relevância nesta safra é um herbicida revolucionário consolidado no mercado e disponibilizado por uma das mais importantes fornecedoras de insumos agrícolas, que é a Bayer Cropscience. Trata-se do Alion, herbicida com amplo espectro de controle e eficiência no manejo de infestantes.
Em entrevista ao JornalCana, Paulo Donadoni, líder de desenvolvimento de mercado Brasil e América Latina para Cana da Bayer oferece mais detalhes.
JornalCana – Como o Alion surgiu no mercado e quando ele foi apresentado pela primeira vez?
Paulo Donadoni – O Alion foi lançado no setor canavieiro em 2017. Sua aplicabilidade foi notada para cultivos perenes ou perenes de ciclo anual, como a cana-de-açúcar, devido a sua eficácia como herbicida pré-emergente de amplo espectro e longo período de controle.
Por ser uma molécula muito potente, no primeiro momento o Alion causou alguns receios. Como o produto derrubou as barreiras da desconfiança?
Alion é eficaz e, especialmente em cana, os tratamentos herbicidas normalmente são constituídos de 2 ou 3 ativos aplicados ao mesmo tempo ou não, e com isto ocorre a necessidade de observarmos os efeitos destes tratamentos com diferentes associações. Todas as recomendações para o uso correto e seguro do Alion foram alocadas em bula desde seu lançamento, como o percentual mínimo de matéria orgânica e argila nos solos com aptidão agrícola para cana para a sua indicação de uso ou não. O que estamos ampliando agora ao acrescentar outras plantas daninhas em que Alion apresenta potencial de controle, como a grama-seda e o capim camalote, por exemplo, além de outras folhas largas. Também ampliamos a range de doses de Alion para os diferentes tipos de cana planta e cana Soca.
Agora que o Alion se consolidou no mercado, por que as usinas e produtores devem prestar atenção nele?
Os produtores devem pensar em adotar o Alion como plataforma herbicida para se obter um controle de plantas daninhas mais amplo e por mais tempo. Alion traz sinergia para o tratamento herbicida para Cana visando a eliminação da matocompetição, reduzindo bancos de sementes e com isto, principalmente, os repasses (reaplicações), que é a grande dor dos técnicos responsáveis por herbicidas nas usinas e produtores de forma geral.
Com uma quebra de safra significativa prevista para a 21/22 na região Centro/Sul, como o Alion pode cooperar para que usinas e produtores possam ter menor prejuízo?
Evitar a matocompetição, manter o canavial limpo, sem escapes, é ainda mais oportuno e necessário em períodos de condições restritivas ao crescimento da Cana. Nas condições indicadas para Cana o Alion é seguro para este e outros cultivos contidos na sua indicação de uso, sendo seletivo e impedindo ocorrências de escapes que aumentam os custos em tempo dedicado para estas atividades, insumos e demais operações em geral para o manejo de plantas daninhas do produtor. Ao competir com a Cana por água e nutrientes, neste período menos favorável de crescimento, isto torna a contribuição de Alion notável já que ele elimina a possibilidade das plantas de Cana competir neste período de restrição hídrica, por este recurso fundamental que é a pouca água disponível.
Falando em ganhos, quanto o Alion pode acrescentar em números de produtividade?
Por ser seletivo e oferecer controle amplo e duradouro, Alion permite que as plantas de Cana cresçam livres da matocompetição e expressem seu potencial produtivo sobre os diferentes ambientes de produção. O produtor ganha em proteção e consequente produção, eliminando as perdas causadas pelo convívio com as plantas infestantes.
Ganha com o investimento na redução de perdas por aplicação não eficazes com tratamentos herbicidas pouco efetivos em termos de amplo espectro de controle das principais plantas daninhas que infestam as lavouras canavieiras. Com a eliminação dos repasses o produtor ganha em economia no tratamento herbicida como um todo, evitando a necessidade de alocar novos recursos em insumos e operação agrícola para reduzir a matocompetição.
Lembrando que as reaplicações, mesmo que programadas, são indesejáveis no plano de condução da matocompetição e o Alion evita estas reentradas na lavoura trazendo impactos até mesmo na questão de emissões de CO2 equivalente, pois reduz as operações de pulverização herbicida e consequente consumo de diesel necessário para esta operação agrícola.
Alion torna-se amplamente eficaz não somente pela seletividade e espectro de controle mas também pela redução das dificuldades na gestão operacional agrícola destinada ao controle de plantas invasoras.
Especialistas e usuário de usinas debatem fatos e mitos sobre o herbicida
Buscando esclarecer várias destas possibilidades para a proteção do canavial, um timaço de especialistas e usuários foi convidado para colaborar no entendimento sobre a adoção do Alion como tratamento herbicida tanto no Centro/Sul quanto no Norte/Nordeste durante uma Superlive que aconteceu em 19/5.
Assista na íntegra:
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