Maria Fernanda Escobar é comunicadora social, mestre em relações internacionais e há dois anos ocupa a Diretoria Executiva da Tecnicaña, Associação Colombiana de Técnicos da Cana de Açúcar, que há 34 anos leva as novidades, conhecimento e tecnologia para os produtores do setor. A organização realiza eventos, seminários e publica livros e revistas sobre o mercado. Em entrevista exclusiva a diretora da Tecnicanña falou a Bio&Sugar sobre a Associação e nos deu um panorama do mercado sucroenergético da Colômbia.
– O que é a Tecnicanã?
Somos uma associação privada com 325 associados, a grande maioria provenientes de engenhos, fazendas ou empresas ligadas ao setor. Nosso principal objetivo é a transferência de tecnologia e conhecimento, por meio do que encontramos no exterior. Ou seja, como esse evento que realizamos agora em parceria com o Apla do Brasil, que trouxe empresas brasileiras para vender seus produtos e tecnologias ao nosso país . Fazemos também eventos acadêmicos, como seminários e de divulgação. Por exemplo, em 24, 25 e 26 de agosto haverá o Seminário de Internacional Alcoolquímica. Em setembro teremos um Seminário de agricultura de precisão. No ano que vem faremos o Congresso Tecnicaña 2012 que está aberto a técnicos e empresas de todo mundo que quiserem apresentar seus trabalhos.Os técnicos de Colômbia tem bastante prestígio e são muito requisitaos.
– Quantos engenhos e destilarias existem hoje no país?
São 13 Engenhos atualmente na Colômbia, concentrados na região do Vale do Rio Cauca e destes somente cinco produzem etanol.
– E a cogeração de energia?
Atualmente apenas três engenhos cogeram energia elétrica para vender: Providencia, Incauca e Mayagüez.
– Há políticas de incentivo do Governo para aumentar o cultivo de cana no país?
Ao contrário, não há mais onde se cultivar, não há mais terras. Aqui as leis são muito rígidas em relação às terras, não se pode cultivar em locais onde se poderia plantar alimentos. Se pode plantar em outras partes do país, mas as terras não estão aptas para esse tipo de cultivo, o que resulta numa cana de qualidade baixa. Já para o etanol está boa, por isso há produção de cana para etanol em outras partes do país.
Confira entrevista completa na 8ª edição da revista BIO&Sugar.