Bill Klesse diretor executivo da Valero Energy Corp, a maior refinaria independente do mundo, com sede nos Estados Unidos, pediu em uma carta à EPA — Agência de Proteção Ambiental, no começo do mês de setembro a eliminação do RFS – Padrão de Combustíveis Renováveis, para proporcionar alívio às refinarias que lutam todos os anos para ficarem de acordo com os padrões rígidos de compra de biocombustíveis impostos pelo governo americano.
A luta das refinarias americanas já dura alguns anos desde que o governo de Barack Obama ofereceu todo seu apoio à causa dos biocombustíveis no país, e a alto do preço dos RINs — Números de Identificação Renováveis que são a “moeda corrente” de compra e venda de biocombustíveis, estão causando grande prejuízo, segundo as refinarias.
“Precisamos da eliminação agora. O alto preço do RINs está prejudicando produtores independentes, refinarias, comerciantes varejistas independentes e os consumidores, por causa do aumento do preço da gasolina os preço dos RIN’s sobem ainda mais, causando um prejuízo enorme à nossa economia”, disse Klesse em trecho da carta à EPA.
As refinarias são obrigadas por lei a fazer uso de 13,8 bilhões de galões de etanol ao longo de 2013, e a tendência é de crescimento para os próximos anos.
Os RIN’s são anexados a cada galão de etanol. Uma vez que o biocombustível é misturado à gasolina, as refinarias podem reter o certificado para demonstrarem que estão dentro da lei ou trocá-los com outra refinaria, como moeda, o problema é que o preço dos RIN’s subiu mais de oito vezes até o momento.
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“RINs têm aumentado por causa da queda da demanda de gasolina e aumento das metas de consumo de biocombustíveis”, disse Klesse na carta.
Por outro lado a Associação de Combustíveis Renováveis, apontou que o fato da Valero ser também a terceiro maior produtora de etanol dos EUA, — com 10 unidades e produção de 1,1 milhão de litros do combustível à base de milho por ano — seu prejuízo pode estar mais relacionado com má administração e planejamento do que com o padrão de combustíveis renováveis, já que ele obviamente ganha, ou deveria ganhar com a produção do biocombustível.
Brian Jennings, vice -presidente executivo da ACE acredita que a culpa é da empresa, não da EPA ou do Congresso e que a Valero não sabe administrar a RFS.
Recentemente a RFA — Associação de Combustíveis Renováveis americana apresentou uma lista de “ficção versus realidade”, desmascarando argumentos dados pela “Big Oil” ou grandes refinarias, da qual faz parte a Valero, dizendo que eles fazem afirmações sem provas e que as estatísticas comprovam que o etanol e os RINs não são afetados pelo aumento no preço da gasolina.
