Mercado

Grupos internacionais estudam negócios no mercado de açúcar

Maior produtor mundial de açúcar com safra estimada em 23,5 milhões de toneladas este ano, o Brasil é alvo constante de investidas de empresas multinacionais, que começaram a ingressar no País em 1999 e já são responsáveis pela produção de 18 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, das 344 milhões produzidas anualmente. De olho neste mercado, representantes da alemã Südzucker, maior produtora individual de açúcar do mundo, com safra anual de 5 milhões de toneladas de açúcar de beterraba, estão em visita ao Brasil há três semanas em busca de oportunidades de negócios na região Centro-Sul do País.

Além da Südzucker, a inglesa British Sugar, a australiana CSR e a francesa Louis Dreyfus também sondam o mercado brasileiro. O interesse destes importantes conglomerados internacionais é claro: com os mais baixos custos de produção do mundo, o Brasil, que tem 4,9 milhões hectares cultivados com cana e uma enorme possibilidade de expansão, que chega a 90 milhões de hectares. Um dos desafios do segmento é incrementar o consumo de álcool, que segundo estudo realizado pela empresa de consultoria Datagro, se mantém estagnado há três anos, se situando entre 11,5 e 13 bilhões de litros por ano.

“A tecnologia de células de combustível em uso comercial pode contribuir para mudar este cenário”, afirma Plínio Mário Nastari, presidente da Datagro, que realiza no próximo dia 22 de outubro a III Conferência Internacional sobre Açúcar e Álcool.

Entre os temas que serão discutidos no encontro, que será realizado em São Paulo, estão os planos das montadoras de veículos para as células de combustível, os novos fatores que influenciam a demanda de álcool no País, o futuro do comércio mundial de açúcar, as projeções de demanda de açúcar e álcool no Brasil no médio e longo prazo, e a experiência brasileira na distribuição e revenda de álcool e como ela pode viabilizar projetos similares em outros países.

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