No mês passado, a UE (União Européia) adotou várias medidas para a reforma do seu regime de açúcar, incluindo o fim dos subsídios, depois da derrota que sofreu na Organização Mundial de Comércio – OMC. Durante 40 anos, a UE subsídiou os produtores europeus, levando-os neste período a serem o segundo maior exportador mundial de açúcar – atrás apenas do Brasil As alterações no regime do açúcar europeu devem interferir diretamente nos preços e gerar uma redução das exportações em 2006.
Este fator faz com que grupos europeus busquem uma nova posição no mercado. O Grupo Tereos, por exemplo, tem planos para mudar de perfil. E o modelo brasileiro é considerado a chave dessa mudança. O grupo vai investir pesado em etanol, devido principalmente ao aumento das vendas de carros bicombustível e a elevação no consumo de álcool, como energia alternativa, na Europa. O Grupo Sudzucker, maior produtor de açúcar da UE, também tem interesse pelo Brasil, já que o país aumentou suas exportações de 5,5 milhões de toneladas em 1996 para 15,7 milhões de toneladas em 2004.