A produção de etanol com menor consumo de energia, proporcionado pela
nova proposta tecnológica, está despertando interesse de grupos estrangeiros que estão investindo em unidades no Brasil, conforme revela o diretor comercial da Koblitz, Romero Rego. Ele confirma
a implantação do LPE, por enquanto, em uma nova usina em Goiás e
em outra em Mato Grosso do Sul. Outros detalhes sobre essa parceria tecnológica, ancorada pelo Low Pressure Extraction, que deverá agitar o setor sucroalcooleiro, são guardados em segredo. O lançamento
oficial – de acordo com ele – vai acontecer na Fenasucro 2007 – XV
Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira – que acontecerá em Sertãozinho, SP, de 18 a 21 de setembro, quando serão apresentadas até mesmo cases sobre esse sistema. Para ele, a eficiência do LPE é a garantia de sucesso dessa empreitada tecnológica. Na avaliação de Romero Rego, a tecnologia ainda não “explodiu” porque foi difundida em momento desfavorável, que precedeu a crise no setor, e também por falta de interesse de empresas e consultores, que trabalham com
moendas, principalmente na área de manutenção. “O LPE vai mudar paradigmas que começaram a ser quebrados pelo difusor”, diz ele. Segundo o diretor da Koblitz, os investidores estrangeiros estão
interessados nessa tecnologia, pois sabem “o quanto ela vai gerar de receita”. O Low Pressure Extraction utiliza um terno de moenda para extrair 70% do caldo. Um equipamento, semelhante a um difusor em movimento, faz a extração de outros 26% a 28%, com redução significativa no consumo de vapor e energia. “No sistema convencional, essa segunda etapa do processo é feita por cinco ternos de moenda, o que aumenta o consumo de energia. No LPE, o equipamento,
com chapas perfuradas e ocas, processa a pasta de cana, utilizando
baixa pressão”, compara. A facilidade na manutenção, equivalente a do difusor, é outra vantagem propiciada por esse sistema.