Com um setor agrícola incapaz de atender a demanda por alimentos em seu país, as tradings japonesas têm ampliado investimentos para elevar a produção em outras fronteiras nos últimos anos. E essa estratégia privilegia o Brasil, onde grandes empresas do segmento sediadas no país asiático já têm participação direta em negócios que envolvem pelo menos 250 mil hectares de grãos, fibras e café e em mais de 400 mil hectares de cana. Os movimentos recentes e atuais podem ser considerados a “terceira grande onda” de entrada de japoneses na agricultura brasileira. A primeira, no início dos anos de 1900, ajudou a consolidar a cultura cafeeira no país e, num momento seguinte, foi fundamental na introdução de cultivos, como os de hortaliças, arroz, frutas e peixes. Na década de 70, houve outra investida, capitaneada pelo próprio governo do Japão. Para a abertura do Cerrado brasileiro foi criado o Programa Nipo-brasileiro de Desenvolvimento dos Cerrados (Prodecer), e em duas décadas os governos de Brasil e Japão injetaram US$ 573 milhões para abrir mais de 300 mil hectares de áreas agricultáveis em sete Estados. A mudança para uma estratégia basicamente “corporativa” veio na virada do milênio, quando as gigantes japonesas das áreas de mineração, infraestrutura e tecnologia passaram a se posicionar no Brasil para além de operações de trading de commodities. E os sinais indicam que a tendência deverá perdurar, ainda que, procuradas pelo Valor, as tradings japonesas não tenham concedido entrevista sobre os investimentos recentes ou planos futuros.
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