Com um setor agrícola incapaz de atender a demanda por alimentos em seu país, as tradings japonesas têm ampliado investimentos para elevar a produção em outras fronteiras nos últimos anos. E essa estratégia privilegia o Brasil, onde grandes empresas do segmento sediadas no país asiático já têm participação direta em negócios que envolvem pelo menos 250 mil hectares de grãos, fibras e café e em mais de 400 mil hectares de cana. Os movimentos recentes e atuais podem ser considerados a “terceira grande onda” de entrada de japoneses na agricultura brasileira. A primeira, no início dos anos de 1900, ajudou a consolidar a cultura cafeeira no país e, num momento seguinte, foi fundamental na introdução de cultivos, como os de hortaliças, arroz, frutas e peixes. Na década de 70, houve outra investida, capitaneada pelo próprio governo do Japão. Para a abertura do Cerrado brasileiro foi criado o Programa Nipo-brasileiro de Desenvolvimento dos Cerrados (Prodecer), e em duas décadas os governos de Brasil e Japão injetaram US$ 573 milhões para abrir mais de 300 mil hectares de áreas agricultáveis em sete Estados. A mudança para uma estratégia basicamente “corporativa” veio na virada do milênio, quando as gigantes japonesas das áreas de mineração, infraestrutura e tecnologia passaram a se posicionar no Brasil para além de operações de trading de commodities. E os sinais indicam que a tendência deverá perdurar, ainda que, procuradas pelo Valor, as tradings japonesas não tenham concedido entrevista sobre os investimentos recentes ou planos futuros.
Mercado
Grupos do Japão focam em produção no Brasil
Mais Notícias
Mais artigosMercado
Quem é o fundo da Noruega que já tem 5% das ações preferenciais da Raízen
Aquisição de 5,003% do total das ações preferenciais da Raízen pelo fundo da Noruega foi formalizada em 16 de abril
Mercado
Usina pede licença para irrigação de cana-de-açúcar
Pedido de licença para irrigação está no Diário Oficial de Goiás
SINATUB
Sinatub 2025 debate a performance industrial no setor bioenergético
A 24ª edição do Congresso Sinatub – Usinas de Alta Performance Industrial já tem data marcada: 21 e 22 de maio de 2025, em Ribeirão Preto (SP)
Mercado
Credicitrus reitera sua posição de liderança no cooperativismo brasileiro com mais de R$ 15 bilhões de ativos em 2024
Mesmo em um cenário econômico desafiador, a Credicitrus apresentou crescimento de seus ativos
América Latina
Grupo Magdalena adquire 80% da Caña Brava
Com o acordo, o grupo Magdalena, da Guatemala, expande as operações também para o Peru
Mercado
CANABIO25: Uma imersão transformadora na cana regenerativa
Workshops, cases e networking marcam o encontro dedicado a práticas agrícolas sustentáveis que promovem a biodiversidade