De olho no potencial do Protocolo de Kyoto sobre alterações climáticas do planeta, que estabelece limites de injeção de poluentes na atmosfera por países, a União Energia, empresa do Grupo União, introduziu em seu portfólio de negócios a venda de créditos de carbono.
De acordo com o protocolo, cada país terá uma cota permitida de emissão, e arcará com custos e multas sobre os excessos. A venda dos créditos de carbono funcionará como uma transferência entre indústrias de limites de cotas.
“O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar, e os créditos de carbono são provenientes da queima do bagaço transformado em energia limpa, portanto, seremos os maiores fornecedores do produto para o mercado mundial”, afirma o diretor presidente do Grupo União, Francisco Idilmar de Lavor.
Além disso, a certificação pode ser adquirida através de emissões bem-vistas de CO², que são produzidas a partir de elementos não danificadores, gerados através de gás metano como queima de lixo, reflorestamento, queima de cavaco de madeira e casca de arroz.
Trata-se de uma atividade globalizada, envolvendo o comércio de certificados entre empresas de países diferentes, todos seguindo as premissas estabelecidas pelo Protocolo. Com visão de futuro, a União Energia já se prepara para iniciar esta comercialização em 2004, imediatamente após a assinatura do Protocolo.
A empresa identifica uma grande oportunidade de explorar o potencial brasileiro que, mundialmente, é um dos maiores produtores de energia limpa. Segundo dados de pesquisas de institutos especializados em meio-ambiente, o Brasil é responsável hoje por 4% da emissão total de poluentes do mundo, contra aproximadamente 30% dos Estados Unidos e 13% da União Européia.
Fundada em 2001, ano do racionamento, a União Energia iniciou suas atividades comercializando excedentes de energia (certificado). É comercializadora autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e membro do Mercado Atacadista de Energia (MAE).
Apesar de não revelar o faturamento, segundo Lavor, a receita este ano deverá crescer cerca de 20%. Para 2004, com a entrada do novo produto no mercado, o executivo estima elevar a receita em 30%. Além disso, em comemoração aos 20 anos da empresa, o grupo também reformulou as logomarcas.