Em Alagoas e em Minas Gerais o Grupo Tércio Wanderley – Usina Coruripe já mantém diversos programas voltados para a preservação e agora está investindo no projeto Créditos de Carbono. Trata-se de um mecanismo (MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) que possibilita reduções certificadas de emissões que são originadas a partir de iniciativas que evitam ou contribuem para a emissão de gases na atmosfera, como a geração de energia renovável produzida, por exemplo, a partir do bagaço da cana. No caso da Usina Coruripe, a indústria produz um excedente de energia com a queima de bagaço na qual esta energia substitui outras fontes geradoras de energia que causam poluição ao meio ambiente. Esta diferença entre a quantidade de energia limpa gerada quando comparada a outras fontes de energia como derivados do petróleo, são transformadas em créditos de carbono. Outra forma de adquirir os créditos de carbono é através da redução de emissão de poluentes por meio do aumento da eficiência energética. Os créditos então podem ser comercializados no mercado internacional com outras empresas que não adotaram sistemas de redução de poluentes ou que não conseguirão atender ao índice de redução de emissão estabelecido pelo protocolo de Kyoto até 2012. A implantação do projeto nas empresas do Grupo Tércio Wanderley está a cargo Econergy Brasil, consultoria que presta serviços técnico-financeiros para o desenvolvimento e implantação de projetos que visam a eficiência de processos produtivos a partir do uso dos recursos energéticos eficientes e ambientalmente responsáveis. O contrato do Grupo com a empresa tem duração de 7 anos prorrogáveis por até mais 14 anos e a expectativa é de uma aquisição de 528.500 créditos de carbono a partir da geração de energia elétrica proveniente da queima do bagaço de cana. O que significará um aumento na receita do Grupo através da comercialização destes créditos. Na unidade de Campo Florido, a expectativa é de uma geração de 64.600 créditos de carbono que serão contabilizados no período de 2004 a 2010. A informação foi repassada pelos engenheiros químicos da Econergy Brasil, Carlos Francisco Grieco e David Freire da Costa. Eles estiveram na filial da Usina Coruripe em Campo Florido em janeiro para fazer uma apresentação do projeto a um grupo de gerentes, coordenadores e supervisores.
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