O Grupo Safras ingressou na sexta-feira, dia 4, com um pedido de recuperação judicial, após não conseguir negociar uma alternativa viável com seus credores. A empresa, que acumula uma dívida de R$ 2,2 bilhões, enfrenta sérias dificuldades financeiras mesmo após as medidas de reestruturação anunciadas desde o ano passado.
Sob a gestão dos sócios Dilceu Rossatto e Pedro Moraes Filho, a companhia viu seu quadro financeiro se agravar devido a ações que intensificaram a pressão sobre seus ativos, como a devolução de armazéns arrendados e a reintegração de posse de uma fábrica de biodiesel operada em Cuiabá. Tais medidas contribuíram para a perda de credibilidade entre os produtores rurais e restringiram o acesso ao crédito, fatores que colocam em xeque a capacidade de recuperação do Grupo Safras e sua continuidade na operação de compra e armazenagem de grãos.
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Principais credores
Entre os principais credores da empresa estão instituições como Flowinvest, Banco do Brasil, Sicredi e Caixa Econômica Federal. No mercado de capitais, as gestoras Vectis e Itaú Asset possuem exposição relacionada ao CRA da Copagri — ativo adquirido pelo Grupo Safras — que integra os portfólios de seus Fiagros (VCRA11 e RURA11).
O processo de recuperação judicial segue tramitando na comarca de Sinop, sob a condução dos escritórios Mubarak Advogados e Daniel Carnio Advogados, responsáveis pela representação legal da cerealista.
