O Grupo Farias, que tem capacidade industrial para processar 10,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, informou que não desistiu de lançar bonds no exterior para equalizar sua dívida de curto prazo. Segundo o diretor financeiro da empresa, Octavio Quartim, em fevereiro deste ano, quando tentou captar o recurso (US$ 300 milhões), o custo do dinheiro estava elevado, com taxas a 12,5% a 13% ao ano. “Mas vemos que o cenário de juros tende a ficar mais favorável. Não descartamos, portanto, tentar a emissão em junho”, disse o executivo.
De qualquer forma, diz ele, alternativas de capitalização também estão sendo buscadas no mercado interno. No último trimestre de 2011, a empresa tinha no caixa R$ 11,5 milhões, segundo a agência de classificação de risco Moody’s, e uma dívida de curto prazo de R$ 240,7 milhões. Quartim explica que, além de alongar esse débito com os bancos credores, também se considera recorrer ao mercado de capitais. Entre os instrumentos estudados estão o lançamento de debêntures (de três a cinco anos) ou securitização de recebíveis. “Acreditamos que a captação de R$ 200 milhões seria suficiente para dar um fôlego”. (FB)