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Grupo divulga etapas da colheita manual e mecanizada no ciclo produtivo

O informativo mensal da Sabarálcool, trouxe uma matéria retratando a fase de Tratos Culturais da cadeia de produção de cana-de-açúcar. Nesta edição, a proposta é mostrar uma nova fase, a da colheita manual e mecanizada no ciclo produtivo da cana.

Segundo a publicação, nesta etapa, os colaboradores realizam um planejamento de colheita para toda a safra, definindo as áreas a serem cortadas de forma seqüencial. Em seguida, são realizados os pedidos de liberação para queima da cana-de-açúcar junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP). O próximo passo consiste na retirada de amostras de cana-de-açúcar para serem enviadas ao laboratório – (PCTS), para atestar os teores de açúcares, ou seja, a maturação da matéria-prima. “Também são avaliados alguns parâmetros como a idade do canavial, produtividade histórica e situação visível da lavoura. Hoje o plano médio das duas unidades da empresa é de cerca 131 kg de açúcar por tonelada de cana, Açúcares Totais Recuperáveis (ATR). Havendo um resultado dentro dos parâmetros, buscamos o talhão com a devida especificação”, explica o Supervisor de mão-de-obra da unidade matriz, Wanderlei Batista.

Segundo ele, com a área definida, o Setor Agronômico em parceria com o Setor de Colheita e Carregamento/Transporte, avaliam a previsão do tempo, bem como, o estoque atual e necessário para o pleno funcionamento da indústria, sendo em seguida, feita a liberação para queima da cana.

No próximo passo, a equipe realiza uma atualização no planejamento de safra para Queima, Corte, Carregamento e Transporte. “Definida a área, uma equipe treinada e preparada se desloca até a propriedade para realizar o aceiro – espaço aberto entre a plantação de cana e a vegetação para impedir que fagulhas de fogo possam atingir outras áreas, tomando todos os cuidados necessários para evitar que ocorram acidentes ambientais. Além dessa tarefa, também é realizada uma patrolagem para facilitar o deslocamento dos caminhões no momento da queima, bem como, no transporte da matéria-prima.

Batista conta que após esse processo, as equipes de trabalhadores iniciam a colheita mecanizada ou manual. “A meta estabelecida de colheita e transporte deve ser cumprida para que o departamento industrial não pare de moer. Se algo sair errado, a usina pára. Trabalhamos concentrados para que isso não ocorra”, argumenta Batista.

No caso da colheita manual, é feito um cálculo do tamanho do talhão para direcionar a quantidade de trabalhadores rurais e a estrutura necessária a ser deslocada para a lavoura. Na colheita manual, os trabalhadores rurais são orientados quanto à realização do corte da cana-de-açúcar o mais paralelo ao solo possível, a fim de evitar perda da parte mais rica em açúcar, também em relação ao desponte para que não haja perda e nem tampouco excesso de ponteiro.

A organização das leiras deve obedecer a um recuo de dois metros do carreador e colocadas para que o processo de carregamento seja realizado de forma mais adequada possível, ou seja, sem a retirada da soqueira da cana, minimização das impurezas minerais e vegetais. Nessa modalidade de colheita, a empresa desloca ônibus de transporte de trabalhadores rurais, equipados com cadeiras, mesas, toldos, reservatório de água, materiais de higiene e banheiros móveis. “Por conta da distância da lavoura até o restaurante, os colaboradores almoçam na estrutura montada próxima ao ônibus”, conta Batista.

Concluído o expediente na colheita, os trabalhadores rurais recolhem os equipamentos em compartimentos específicos, bagageiros, e são levados para casa. No caso da colheita mecanizada, os colaboradores realizam cálculos do tamanho do talhão para deslocamento de máquinas para colheita, caminhões para o carregamento e mão-de-obra necessária para realizar o trabalho. “Não há muito segredo, mas o trabalho no campo requer muita responsabilidade, pois depende de nós o funcionamento diário e ininterrupto da usina”, finaliza Batista.