O grupo Cosan, maior processadora de açúcar e álcool do país, deverá manter seu apetite por aquisições no Brasil, de acordo com Paulo Diniz, vice-presidente financeiro e de relações com o mercado do grupo.
Com 17 usinas no país, além de uma participação de 33,3% na unidade Santa Luíza, em Matão (SP), o grupo também está construindo três unidades no Centro-Oeste, investimentos que somam US$ 650 milhões. Diniz afirmou ontem que o grupo está em negociações para possíveis aquisições de novas unidades, mas ainda não há nada de concreto. Projetos para investir no exterior e também de emissão de ações nos EUA também estão em análise.
Na última terça-feira, o grupo anunciou que encerrou a safra 2006/07 com receita líquida de R$ 3,605 bilhões, 45,8% mais que em 2005/06, e lucro líquido de R$ 357,3 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 64,6 milhões em 2005/06. Essa boa performance, contudo, não deverá ser repetida em 2007/08, por conta dos baixos preços do açúcar no mercado internacional, reconheceu Diniz.
Por conta dos baixos preços do açúcar, o grupo Cosan deverá produzir mais álcool nesta safra, um crescimento de pelo menos 5%. No ciclo 2006/07, a produção de álcool do grupo ficou em torno de 1,3 bilhão de litros. A produção de açúcar do grupo “deverá ter uma ligeira queda”. Em 2006/07, ficou em 3,2 milhões de toneladas. As usinas da Cosan moeram 36,2 milhões de toneladas em 2006/07. (MS)