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Grupo Cosan avalia fazer investimentos no Caribe

O grupo Cosan, maior companhia de açúcar e álcool do país, avalia fazer investimentos em usinas fora do Brasil. O local mais provável para esses investimentos deve ser algum país do Caribe, afirmou Paulo Diniz, vice-presidente de finanças do grupo.

Segundo Diniz, a Cosan estuda projetos “greenfield” (construção), mas ainda não há valores nem detalhes concretos. A decisão de ir para o Caribe é estratégica, uma vez que o álcool produzido na região entra nos EUA isento de tarifa de importação de US$ 0,54 por galão, por conta do acordo do governo americano com os países caribenhos. O açúcar produzido naquela região também deverá ser destinado para a União Européia, que mantém acordo com esses países.

Diniz observou que as aquisições de usinas no Brasil estão inviáveis atualmente, uma vez que seus preços estão inflacionados.

O executivo acredita que o país poderá produzir menos açúcar na safra 2007/08 para garantir o abastecimento de álcool. Na quinta-feira, o grupo divulgou balanço do terceiro trimestre de 2007 (novembro a janeiro), no qual mostra lucro líquido de R$ 63,4 milhões, ante prejuízo de R$ 41,2 milhões no mesmo período de 2006. A receita líquida foi de R$ 970,8 milhões, alta de 48%. A empresa reportou que mantém investimentos em energia a partir do bagaço da cana e aumento de área. No terceiro trimestre de 2007, o grupo investiu R$ 111 milhões, 26% mais que o mesmo período de 2006.