Mercado

Governo prepara missão comercial para disputar mercado chinês

Atento às tendências do vigoroso mercado chinês, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior está preparando para o início do próximo ano uma nova missão comercial àquele país, com a intenção de afinar o discurso entre empresários e governo. A meta é trazer divisas recordes ao Brasil convencendo o mercado da maior população do planeta a comprar produtos brasileiros com maior valor agregado, como cosméticos, máquinas para o setor do agronegócio, bens de capital em geral, especialmente para o segmento de álcool combustível, alimentos e eletro-eletrônicos.

“Estamos apostando na diversificação e na agregação de valor para introduzir aqui novos produtos”, disse o ministro Luiz Fernando Furlan à Agência Brasil, pouco antes de embarcar de Xangai para Pequim, na China, onde desenvolve com empresários brasileiros uma série de contatos comerciais.

A aposta na diversificação da pauta de exportações tem justificativa. Em apenas uma ano, as vendas de produtos brasileiros para a China já aumentaram mais de 100% e trouxeram ao país mais de US$ 3 bilhões, colocando este ano o mercado chinês na segunda colocação de maior comprador das mercadorias produzidas pelo Brasil. Por causa deste desempenho, Furlan disse acreditar que para garantir incrementos superiores aos registrados até então, a estratégia incluirá a promoção de produtos diferentes dos já tradicionalmente exportados pelo Brasil, como os conhecidos complexo soja (grão e óleo) e minério de ferro. “Já fizemos contatos com as associações comerciais chinesas, de olho nesas possibilidades”, informou.

A redução de custos também está na mira do governo e do setor privado exportador. Ambos negociam o estabelecimento de plataformas de exportação que podem facilitar a logística e garantir a montagem de produtos brasileiros em território chinês, como ocorre em entrepostos comerciais e zonas francas. “Queremos aproveitar o momento, já que a China tem se destacado como importante parceiro comercial do Brasil”, completou o ministro, cuja visita à China será encerrada no sábado (18).

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