O governo federal planeja fazer um novo leilão até o fim do ano para garantir a oferta de biodiesel programada para 2007. Conforme o cronograma da Agência Nacional de Petróleo (ANP), até o fim deste mês as empresas que arremataram lotes no primeiro leilão da Petrobras deveriam entregar 20% do volume negociado, ou 14 milhões de litros. Das quatro empresas que arremataram lotes – Agropalma, Brasil Ecodiesel, Granol e Soyminas, do grupo Biobrás -, as duas últimas tiveram problemas para cumprir o prazo.
Edna Carmélio, coordenadora de biocombustíveis do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), diz que o caso mais grave é o da Soyminas, que arrematou lotes para entrega de 8,7 milhões de litros até dezembro, mas não conseguiu produzir o volume suficiente. “Os volumes que deixarem de ser entregues serão substituídos por um novo leilão e a empresa que deixar de entregar o volume arrematado ficará fora de novos leilões”. Procurado, o executivo responsável pela Soyminas não foi encontrado pela reportagem.
Ricardo Dornelles, diretor do departamento de combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia, acrescenta que o governo avalia o andamento dos projetos privados, até para decidir se adiantará para 2007 a mistura obrigatória de 2% de biodiesel no diesel.
A Granol também atrasou a entrega de sua produção devido a uma demora para obter a licença junto à ANP, conforme informações de Diego Ferrés, sócio-diretor da empresa. Ele afirma que a empresa estocou produção enquanto aguardava a licença e conseguirá entregar 20% dos 18,3 milhões contratados no prazo.