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Governo estuda zerar alíquota de importação de etanol

O secretário de Petróleo, Gás e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antônio Martins Almeida, disse ontem que o governo está favorável à ideia de zerar a alíquota de importação do etanol norte-americano, que hoje está em 20%. “A Camex (Câmara de Comércio Exterior) deve aprovar (a medida)”, disse. O assunto deverá ser tratado na próxima reunião da Camex, marcada para o dia 9 de fevereiro.

Almeida afirmou, entretanto, que a decisão de zerar a alíquota não foi influenciada pela questão da alta do preço interno do etanol. Segundo ele, o motivo é o mesmo que levou a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) a pedir, no fim do ano passado, pela mudança: usar a desoneração como argumento para que o governo dos EUA derrube as suas barreiras contra o etanol brasileiro. “É um argumento que nós vamos tirar deles”, disse o secretário.

O secretário, porém, admitiu que uma event! ual importação de etanol, incentivada pela desoneração, pode diminuir o aperto atual na oferta e causar redução de preços para o consumidor brasileiro. “Mas só vai beneficiar o consumidor se houver importação em grande volume”, disse o secretário, ponderando, entretanto, que não acredita em uma importação maciça. “O volume deverá ser pequeno.”

O diretor de Combustíveis Renováveis do ministério, Ricardo Dornelles, afirmou que o governo não deverá ordenar que a Petrobras faça importação. Assim, caso haja alguma importação até pela própria Petrobras, será uma ação empresarial e não de Estado.