Na próxima segunda-feira (13/5), às 10h, produtores de cana e governo estadual se reúnem na Secretaria de Governo para debater sobre a adoção de ações públicas para diminuir os prejuízos da seca no setor. Na ocasião, serão discutidos dois assuntos: a decretação estadual de emergência da Zona da Mata a fim de possibilitar a renegociação de dívidas dos produtores; e o Programa de Revitalização da Atividade Canavieira (PRAC). Os secretários Milton Coelho (Governo) e Aloísio Lessa (Articulação Social e Regional) são responsáveis por analisar a demanda, que foi entregue ao governador do Estado pela Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e o Sindicato dos Cultivadores de Cana (Sindicape).
A decretação de emergência é critério posto pelo governo federal para garantir aos produtores o direito de participar do programa que prorroga por 10 anos a dívida dos agricultores junto aos bancos federais. Já o PRAC é uma proposta técnica para garantir a atividade canavieira vítima da seca. Ele consiste em distribuição de sementes de cana destruída pela seca e na entrega de herbicidas e fertilizantes para pequenos e médios produtores de cana continuar a atividade no campo.
“O governador é um homem público e sensível às necessidades de quem vive da terra”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP, que não acredita que o gestor se furtará dessa ação que terá impacto significativo na vida dos agricultores afetados pela maior estiagem dos últimos 50 anos. Cerca de 90% dos produtores pernambucanos de cana estão classificados pelo Ministério da Agricultura como economia em regime de agricultura familiar. “Não produzem mais de mil toneladas por safra”, finaliza o dirigente.