O governo do Estado de São Paulo está mapeando as regiões que expandir o plantio de cana-de-açúcar. O governo quer ordenar o avanço da cultura no Estado, segundo informou o secretário de Agricultura do Estado, João Sampaio.
Em abril deste ano, o governador de São Paulo José Serra (PSDB-SP) criou uma comissão de bioenergia no Estado para ordenar a expansão sucroalcooleira, desde que a cultura não afete o meio ambiente. Nesta comissão, as secretarias de Agricultura e Meio Ambiente estão trabalhando juntas.
Sampaio lembra que as regiões do Vale do Ribeira e do Vale do Paraíba, por exemplo, não comportam expansão da cana. “São regiões com topografia acidentada, que não permitem a mecanização. Além disso, essas regiões têm área de preservação ambiental”.
Em junho, o governo estadual assinou um protocolo de intenções com a Unica antecipando a meta de substituição da queima da cana na lavoura para corte manual pela colheita mecanizada. O fim da queima em áreas planas foi antecipado de 2021 para 2014 . Em áreas de declive, o fim das queimadas passou de 2031 para 2017.
A expansão da cana está mais propícia para as regiões oeste e noroeste do Estado. Os projetos de novas usinas estão focado, sobretudo, nessas regiões. Maior produtor de cana do Brasil, São Paulo não quer proibir o avanço da cultura, como reitera seu secretário da Agricultura. “Há como fazer parceria entre cana e grãos e cana e pecuária”.
Alguns Estados, como Goiás e Mato Grosso do Sul, também estão preocupados com o avanço da cana. Em Rio Verde (GO), a prefeitura proibiu o avanço da cana para preservar o plantio de grãos. Em Dourados (MS), a cana só pode ocupar até 30% da área agrícola da região.
Segundo Sampaio, as usinas paulistas também estão se comprometendo a repor as matas ciliares.