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Governadora (RS) destaca potencial de cultivo no RS

Em Campinas (SP), onde participou da inauguração da planta de demonstração de produtos renováveis da multinacional Amyris, nesta quinta-feira (25), a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, destacou o potencial de desenvolvimento do estado a partir do plantio de cana-de-açúcar e da utilização de produtos derivados. De acordo com Yeda, o Estado tem solo e sol para plantar cana, capacidade de aproveitamento dos centros tecnológicos e, em breve, pode ser autônomo.

“Façamos não apenas combustível, mas medicamentos e tudo que o uma planta como a de cana é capaz de produzir”, afirmou a governadora, que prestigiou o lançamento de um produto ambientalmente inovador no país, o diesel da cana-de-açúcar, que estará no mercado em 2011.

A projeção para os próximos três anos é de que o Estado tenha um aumento no consumo de etanol de mais de 50%. A demanda interna será reforçada ainda com o uso do etanol da cana como matéria-prima para produção do plástico verde, pela Brasken, que inaugurou a primeira unidade industrial do mundo para isso em abril, no Pólo Petroquímico de Triunfo. “Viemos buscar em Campinas a parceria para provar ao governo federal que o Rio Grande do Sul pode plantar cana”, disse Yeda. Para a governadora, logo que o Estado estiver plantando e colhendo, estará articulado o sistema acadêmico e de ciências para continuar uma outra luta: “A construção de um mundo de maior paz, que se fará através da terra e do conhecimento”.

De acordo com a governadora, quando o RS produzir álcool a partir da cana-de-açúcar, os preços serão reduzidos. “No Estado, o valor do combustível chega a R$ 2,00 por litro. Já em São Paulo, se paga na bomba R$ 0,87”, comparou. O interior paulista, principal produtor mundial de cana-de-açúcar, é, inclusive, uma das regiões mais desenvolvidas do Brasil, com elevados índices de renda per capita.

A governadora informou que, desde o último mês de maio, 212 municípios do Rio Grande do Sul estão autorizados por zoneamento agrícola a plantar cana. Para Yeda, o aumento do cultivo da matéria-prima trará benefícios à evolução econômica do Estado, já que as regiões que poderão plantar são menos desenvolvidas e enfrentam a seca. Atualmente, o Estado cultiva 35 mil hectares do produto.

Mas apenas 2,5 mil hectares são dedicados à produção do etanol – o Estado produz apenas 1% do álcool combustível utilizado. Para dar condições ao plantio de cana no Rio Grande do Sul, a governadora determinou, na última segunda-feira, a criação de um grupo de trabalho para formular, em 45 dias, políticas de incentivos ao setor. Com informações do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.