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Gestão dos recursos hídricos rende resultados ao setor

A Jalles Machado, de Goiás, entende bem de preservação de recursos hídricos, e de uso racional da água em todas as etapas de seu processo agroindustrial. O desenvolvimento de ações no sentido de mitigar possíveis problemas com escassez de água, como a construção de reservatórios artificiais para armazenamento de água em períodos chuvosos para uso durante a estação de seca, onde a chuva é bastante escassa na região, rendeu a Jalles Machado o Prêmio ANA – Agência Nacional das Águas, do Ministério do Meio Ambiente, em 2008, com o Tema “Conservação e Uso Racional da Água”.

Com o case “Gestão de recursos hídricos na Jalles Machado”, ela foi a única empresa da Região Centro-Oeste e do setor sucroenergético no Brasil a estar na final desse prêmio. No trabalho foram descritas ações para o uso racional dos recursos hídricos no ambiente industrial e também no agrícola. “A implantação de um circuito fechado de reutilização, programas de recuperação de nascentes e matas ciliares e o programa de educação ambiental para os recursos hídricos demonstram a preocupação da empresa com a questão da escassez de água no mundo”, ressalta o engº Ivan César Zanatta, gestor de Qualidade e Meio Ambiente – SGI.

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A empresa mantém ainda o Programa de Práticas de Uso Racional do Solo desenvolvido pelo Departamento Agrícola e que visa conservar o solo para que os recursos hídricos não sofram as conseqüências de seu manejo inadequado com erosões e assoreamentos dos cursos de água; o Programa Controle de Erosão para evitar o conseqüente assoreamento dos corpos d’água nas áreas de plantio de culturas de cana-de-açúcar, soja e crotalária; o Programa de Controle Biológico de Pragas, voltado à produção de um agente de combate natural da broca da cana-de-açúcar evitando a contaminação do ambiente com defensivos agrícolas; o Programa de Uso Racional da Água no Ambiente Industrial, para o máximo reaproveitamento da água no processo de produção do açúcar e do álcool através de circuitos fechados; o Programa de Uso Racional da Água no Ambiente Agrícola com ações que envolvam os corpos hídricos como barramentos, projetos de irrigação e também no monitoramento da qualidade das águas.

Para o tratamento de águas superficiais (rios e lagos), normalmente se faz necessário remover impurezas em suspensão e as tecnologias mais aplicadas são as ETAs Convencionais e a Ultrafiltração. Luis Guilherme da Rocha, diretor geral da MANN+HUMMEL Fluid Brasil, explica que as usinas solicitam para o tratamento de água e efluentes para a indústria, dois requisitos básicos: tecnologias que consumam menos água, gerem o mínimo efluente e que usem menos produtos químicos. “No pré tratamento existe a ETA – Estação de Tratamento de Água e a Ultrafiltração (que consome 30% menos químicos e possuem menores custos operacionais. A Ultrafiltração tem como grande vantagem a pouca dependência do sistema da usina pois é totalmente automático. “Quanto maior a eficiência do sistema, menos água será captada para produção”, revela Rocha.

Em uma comparação rápida entre os sistemas ETA e Ultrafiltração (UF), Rocha enfatiza as diferenças de consumos. “No comparativo dos químicos, considerando a quantidade dosada, a ETA consome aproximadamente 2,1 vezes mais químicos que a UF. Já no comparativo dos químicos considerando o custo gasto em reais, a ETA consome aproximadamente, 3,1 vezes mais químicos que a UF; e no quesito consumo de água, a ETA consome aproximadamente 2,5 % a mais de água que a UF”, finaliza.

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Estimativa de custo operacional de uma ETA e de uma UF de 100 m³/h de água tratada, considerando uma água bruta com turbidez de 30 NTU na média, segundo a Fluid Brasil.