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Novo presidente da Petrobras deve alterar política de preços e isso impactará no etanol

Foto: Alan Santos/Ag Brasil
Foto: Alan Santos/Ag Brasil

Ivan Monteiro, que tem nesta segunda-feira (04/06), o primeiro dia útil à frente da presidência da Petrobras, “terá um dia de teste de fogo”, segundo o portal especializado no setor petrolífero PetroNotícias.

Conforme o portal, o novo presidente irá alterar a atual política de preços de combustíveis da Petrobras, que atualiza os valores no mercado interno conforme as cotações do petróleo no mercado internacional.

Se ocorrer, a mudança impactará diretamente no preço do etanol. No caso do hidratado, os reflexos serão imediatos porque com o viés de alta da gasolina, os valores do biocombustível também foram corrigidos, garantindo previsibilidade de remuneração para as usinas.

No caso do anidro, adicionado em 27% à gasolina, também houve remuneração.

Confira o que informa o PetroNotícias:

“A assunção de Ivan Monteiro, que acumula o cargo de diretor financeiro da companhia, para o cargo de presidente, volta a quebrar a tradição da empresa de ter alguém oriundo da companhia em seu comando.

O nó da questão não se limita apenas no sabor que o mercado terá com a presença de Monteiro à frente  da empresa, mas como os funcionários da Petrobrás reagirão a sua liderança.

Esse fator será tão ou mais importante para a paz na companhia e o desempenho de suas próximas ações. Após a saída de Parente, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, afirmou que o comando da Petrobrás precisa combinar três fatores: visão empresarial, sensibilidade social e responsabilidade política. Ele quer transferir para a agência reguladora do setor, a ANP, a decisão de  tomar medidas em relação aos preços praticados pela estatal.

Ivan Monteiro, que chegou na Petrobrás pelas mãos do ex-presidente, Aldemir Bendine, preso em Curitiba pela Operação Lava Jato, se quiser continuar a frente da estatal terá que submeter ao que o governo quer na política de preços.

O Ministério de Minas e Energia informou que uma mudança na forma como os preços são repassados ao consumidor está em estudo e deve ser anunciada  o mais rápido possível. O objetivo é garantir que o valor dos combustíveis nas bombas sofra menos flutuações, ao mesmo tempo em que se garanta a preservação da Petrobrás. Será Preciso definir uma política de preços  que, preservando a empresa, proteja também os consumidores.

O secretário-executivo do MME, Márcio Félix, disse  que o modelo ainda não está definido, mas poderia ser, por exemplo, o estabelecimento da flutuação de um tributo, como nos Estados Unidos. Dessa forma, se o preço do combustível subisse, o tributo seria reduzido automaticamente, permitindo uma estabilidade no preço final.”