A empresa aposta em produtos modernos e sofisticados para solucionar problemas que fizeram o mercado de algodão estagnar no passado, como mão-de-obra desqualificada e falta de investimento em tecnologia.
Este ano, a produção brasileira de algodão aumentou 48% e a exportação deve triplicar em relação à safra de 2003. Segundo dados da Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, a produção chegará em 2004 a 1,25 milhão de toneladas de algodão em pluma, ou seja, 407 mil toneladas a mais do que na safra anterior. “O algodão já teve o seu auge há anos, mas o pouco investimento em tecnologia e mão-de-obra desqualificada interrompeu esse processo. Por isso, tanto a nossa linha de medidores de umidade como os testes são desenvolvidos com alta tecnologia para atender as exigências do setor e garantir a qualidade da safra do produtor”, afirma Christian Kaufmann, diretor comercial da Gehaka.
A linha de medidores Hygron foi lançada em 1986 e o carro-chefe é o que se destina a medir a umidade de algodão. O modelo antigo era analógico e passou por mudanças para atender a alta demanda do mercado. “Hoje, o Hygron está disponível na versão digital, totalmente micro-processada e com mais recursos como efetuar a média de até 5 leituras, registrando o valor de cada uma na memória do instrumento. Nossa preocupação foi desenvolver um equipamento mais eficiente, seja na precisão das medidas como na praticidade do uso”, explica Kaufmann. O controle de umidade é feito para atender os padrões quanto ao teor de água contido nos produtos e garantir a qualidade das mercadorias, principalmente, na armazenagem e na comercialização.
Quando o fardo de algodão é exportado, o importador exige um certificado com informações sobre a propriedade, o produtor e as características do produto. Uma das características é a semente, geneticamente modificada ou não. “O teste da Gehaka indica se há presença de dois tipos de proteínas produzidas por genes que foram introduzidos ao genoma do algodão selvagem. As proteínas são a CP4EPSPS, que torna a semente resistente ao herbicida Roundup Ready e a Cry1 AC, resistente a insetos”. Aproximadamente 50% do custo de produção é proveniente dos gastos com herbicidas e inseticidas. “Com a semente GMO, os custos caem mesmo com o pagamento de royalties. Porém no Brasil, essa cultura ainda é proibida”, diz Kaufmann.
As solicitações, tanto para testes como para os medidores de umidade, vêm crescendo a cada mês em função do aumento da produção nacional e dos contratos de exportação. “A tendência é que caso a cultura do algodão OGM seja permitida no Brasil, as empresas produtoras de sementes terão que garantir a procedência da semente, fazendo obrigatório o uso de testes de identificação. Quanto aos medidores, a expectativa é o aumento na venda devido a produção de algodão nas novas regiões como Centro-Oeste e Bahia, além da substituição dos equipamentos antigos pelos de última geração no Paraná, São Paulo e Minas Gerais”, finaliza o diretor.