Apesar de economistas afirmarem que o governo vai aproveitar o período pós-anúncio das medidas de redução da conta de luz para mexer nos preços da gasolina, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, descartou ontem qualquer intenção de alterar os valores do combustível. O ministro afirmou que eventual reajuste não está na pauta imediata do governo.
Lobão explicou que nos próximos cinco anos serão investidos US$ 200 bilhões na Petrobras, incluindo os gastos com exploração na camada pré-sal a partir do ano que vem. Mesmo assim, ele disse que a discussão sobre o reajuste dos combustíveis não será feita neste momento. Recentemente, o governo permitiu que a estatal aumentasse os preços do diesel nas refinarias, em 3,9% e 6%, nos dias 25 de junho e 16 de julho, respectivamente.
“O governo vai examinar no momento próprio para atender a essas necessidades da Petrobras, mas isso vai depender de decisões no âmbito do Ministério da Fazenda”, afirmou o ministro.
Repasse aos preços
Lobão reafirmou que o governo espera que a redução do preço da energia elétrica para as indústrias seja repassada para os preços dos produtos, beneficiando assim diretamente os consumidores.
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“A população brasileira será alcançada duas vezes, nas contas de luz e no consumo de mercadorias. Não é apenas um repasse direto ao industrial. É a ele sim, mas, como se trata de um mercado competitivo, ele terá de vender seu produto mais barato”, disse Lobão.
Controle
Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão diz que a discussão sobre o reajuste dos combustíveis não será feita neste momento.
Ponto de vista
Economistas acreditam que o governo está só despistando e vai mexer nos preços da gasolina em breve.
