Mercado

Gasolina e álcool sobem menos que o esperado nos postos

O preço dos combustíveis subiu menos que o esperado na última semana, após as distribuidoras anunciarem um reajuste para o litro do álcool e da gasolina.

A expectativa dos postos era de que o aumento fosse de cerca de R$ 0,030. Mas segundo a pesquisa semanal da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o preço do álcool ficou praticamente estável, enquanto a gasolina teve um aumento de apenas R$ 0,006 na média nacional.

Ajudaram a segurar os preços a queda no consumo –que chega a 7,5% no ano– e o repasse que já havia sido feito em agosto.

No mês passado, o litro do álcool teve um aumento de 4%, de R$ 1,178 para R$ 1,224, na média nacional. Nessa semana ele passou para R$ 1,226. O litro da gasolina, que custava R$ 1,961 no início de agosto, passou para R$ 1,986 (1,27%) no fim do mês, e agora para R$ 1,992.

Na Grande São Paulo, os preços continuam abaixo da média nacional: R$ 1,903 para a gasolina e R$ 1,041 para o álcool.

Cana-de-Açúcar

Como a Petrobras não está promovendo alterações nos preços, as oscilações recentes têm sido provocadas pela safra de álcool.

Este ano, o litro da gasolina –que tem 25% do álcool na sua composição– chegou a ser vendido por R$ 2,223, mas caiu para cerca de R$ 1,960 até julho. Na entressafra, o litro do álcool nos postos chegou a custar R$ 1,586, mas depois recuou para R$ 1,18.

Agora, com o fim da safra, os combustíveis voltam a ficar mais caros, porém abaixo dos preços praticados no início do ano.

Segundo dados da Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo), o álcool anidro –utilizado na mistura da gasolina– chegou a cair 50% desde o início da safra. Agora, com mais da metade da cana já colhida, a queda acumulada é de 34,59%.

No caso do álcool combustível (hidratado), houve uma queda de 30,74% no preço para o produtor e de 27,51% nos postos desde fevereiro.