Em nenhum dos postos de quatro municípios do Vale do Itajaí pesquisados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do álcool apresenta vantagem sobre o da gasolina.
O cenário segue a tendência estadual e nacional. A pesquisa da ANP, feita entre 27 de fevereiro e 5 de março, também apurou os valores em postos de outras 18 cidades de todo o Estado, onde o resultado foi o mesmo que no Vale.
Entre os postos da região pesquisados, a desvantagem é maior em Blumenau. Na cidade, o preço do litro do álcool corresponde a 84,44% do preço da gasolina.
Se comparadas todas as cidades pesquisadas, a desvantagem só é maior em outros cinco municípios, cuja lista é liderada por Palhoça (89,56%). Segundo o Índice de Preços Ticket Car (IPTC), que é nacional, o álcool só vale a pena no Mato Grosso, onde custa, em média, R$ 2,04 o litro.
A explicação dos especialistas está na concorrência do açúcar. Com a quebra da produção na Índia, um dos principais produtores, o produto ficou valorizado. Alguns produtores privilegiaram o aproveitamento de maior quantidade de açúcar na safra em detrimento do álcool.
Para saber quando o etanol é mais vantajoso, basta dividir o preço deste pelo da gasolina. Com resultados inferiores ou iguais a 0,7, escolha o etanol (veja quadro).
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Litoral Catarinense, o preço do etanol subiu 26,4% nos últimos três meses. A previsão é que em abril, época da safra e de aumento da oferta da matéria-prima, o valor comece a cair.