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Gasa receberá investimento de US$ 80 milhões

A destilaria de álcool Guanabara Agroindustrial (Gasa), com sede em Andradina (SP) e controlada pela Franco Brasileira Açúcar e Álcool S/A (FBA), vai produzir açúcar a partir da safra 2005/06. “O projeto inclui a ampliação da moagem de cana dos atuais 850 mil toneladas para 3,5 milhões de toneladas nos próximos quatro anos”, disse Pedro Mizutani, diretor-superintendente do grupo Cosan, sócio da FBA.

Os investimentos na empresa, que envolvem a indústria de açúcar e a expansão da área plantada de cana, deverão ser US$ 80 milhões nos próximos quatro anos.

A atual produção de álcool da Gasa é de cerca de 80 milhões de litros, entre anidro e hidratado. A Gasa começa a receber investimentos para o aumento de 40% da área plantada, segundo o executivo. A expectativa é de que a colheita atinja 1,2 milhão de toneladas na safra 2005/06. “A expansão de área para uma safra de 3,5 milhões de toneladas de cana deverá ser concluída na safra 2007/08”, afirmou Mizutani.

Além do Cosan, a destilaria tem como principal acionista o grupo francês Tereos. Cada um tem 47,5% de participação acionária, cabendo à trading Sucres et Denrees (Sucden) os demais 5%. Constituída em 2002, a FBA controla, ainda, as usinas paulistas Univalem, que também produz açúcar orgânico, e Ipaussu.

Fundada em 1996, a Gasa tinha como um dos acionistas o empresário Pedro Grandene. Quando decidiu adquirir os 50% de participação do empresário, em 2002, a FBA já tinha planos de iniciar a produção de açúcar.

Segundo Mizutani, os investimentos serão realizados porque a Gasa é atualmente a menor unidade produtora do grupo, com moagem abaixo de 1 milhão de toneladas de cana-de-açúcar.

Com faturamento anual estimado em cerca de US$ 600 milhões, o grupo Cosan tem atualmente 12 usinas de açúcar e álcool, uma refinaria em Santa Catarina – adquirida no início deste ano – e operações portuárias para exportação de açúcar em Santos. O faturamento da FBA está estimado em R$ 300 milhões.

A tendência no mercado é que todas as destilarias independentes do país também passem a contar com uma usina de açúcar anexa. Desde o fim da década de 90, com a queda da desregulamentação do setor, boa parte dos grupos sucroalcooleiros mais capitalizados passou a construir usinas anexas às destilarias para investir na exportação de açúcar, cujos preços se tornaram mais atraentes. (MS)