O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) doReino Unido se situou em fevereiro em 2,5% anualizados, três décimosa mais que em janeiro, devido principalmente ao aumento dos preçosdo gás e da eletricidade, segundo dados do Escritório Nacional deEstatística (ONS, em inglês) publicados hoje.
Já o Índice de Preços no Varejo (RPI, em inglês), que inclui opagamento dos juros das hipotecas e que é utilizado no país paracalcular os aumentos de salários, as pensões, o imposto municipal eos pagamentos hipotecários, manteve a mesma taxa de 4,1% de janeiro.
O dado de fevereiro do IPC, o mais alto desde maio de 2007, voltaa se situar acima da meta do Governo de manter a inflação em ummáximo de 2%. As taxas de gás e eletricidade elevaram as despesasfamiliares em até 3,5%.
Segundo o ONS, parte do impacto da alta das tarifas do gás e daeletricidade anunciadas pelas companhias desde o início do ano sedeve a uma mudança na forma de medição.
Os aumentos das tarifas do ano passado foram contabilizados deforma gradual durante um período de quatro meses, mas desta vez seaplicam de forma integral no mês em que são registradas as altas.
As principais companhias elétricas e de gás que operam no ReinoUnido aumentaram em fevereiro suas tarifas em 15%.
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Também contribuíram para a alta da inflação o álcool e o tabaco(de 2,9%), cujos preços cresceram em fevereiro mais que no mesmoperíodo do ano anterior.
Leite, queijo e ovos, por sua vez, subiram 17,6%, o maior aumentodesde 1997.
O encarecimento dos equipamentos para gravação multimídia, comoDVDs, foi compensado pelas baixas nos preços dos jogos e brinquedos,dos serviços culturais e dos espetáculos ao vivo.
O RPI foi atingido pelos mesmos fatores que o IPC, embora estestenham sido compensados pelos pagamentos dos juros das hipotecas,que cresceram menos que há um ano, e pela depreciação imobiliária.
No dia 6, o Comitê de Política Monetária (MPC, em inglês) doBanco da Inglaterra decidiu manter as taxas de juros em 5,25%, portemer uma alta da inflação.
