A mineira ALE Combustíveis e a potiguar SAT Distribuidora de Petróleo anunciaram fusão que vai movimentar 2,5 bilhões de litros de combustíveis ao ano, com faturamento de R$ 4,3 bilhões. A AleSat, sexta maior distribuidora de combustíveis do Brasil, deve subir posições no ranking das distribuidoras nos próximos anos com a aquisição de 700 novos postos até 2010. Hoje, a empresa possui metade das vendas da Esso, quinta maior distribuidora do país. Petrobras (BR Distribuidora), Ipiranga, Shell e Texaco são, nesta ordem, as maiores companhias do ramo.
A AleSat prevê de início operações no mercado de distribuição de combustíveis. Mas a nova companhia já estuda entrar no setor de exploração e produção de petróleo, com a possibilidade de participar do próximo leilão de áreas exploratórias, da Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP). Também será tema de discussão dos dirigentes da empresa a intensificação das vendas de gás natural veicular.
O presidente da AleSat, Marcelo Alecrim, destaca que o foco da receita continuará sendo gasolina, diesel e álcool. Mas o GNV, que responde só por 2% das vendas da AleSat, deve ganhar espaço com o crescimento do consumo de gás natural. A incorporação de novos postos – planos para 700 unidades nos próximos anos – considera o aumento das vendas de GNV.
– Isso será discutido pelo conselho da empresa – conta.
O conselho também vai estudar a entrada na exploração e produção de petróleo.
– A Ale participou do último leilão, mas os campos adquiridos ficaram fora dos ativos da AleSat. Nada nos impede de participar do próximo – diz o presidente do Conselho de Administração, Sérgio Cavalieri.
Presente em 20 estados, a AleSat quer estrear no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso. A expectativa é de investir R$ 125 milhões em cinco anos e ampliar a participação no mercado nacional de 3,7% para 5% em 2010. Até lá, a empresa deve faturar R$ 6 bilhões por ano, ficando entre as 100 maiores do país.