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Furlan vê oportunidade na Alemanha

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse ontem, logo após a reunião da Comissão Mista Brasil-Alemanha de Cooperação Econômica, em Berlim, que o Brasil tem grandes possibilidades de exportar biocombustível para a Alemanha e aumentar os negócios entre os dois países. Isso graças à lei do governo alemão que exige uma mistura de 5,75% de biocombustível na gasolina em 2007 e de 6% a partir de 2010 — em toda a União Européia, a exigência é de 5,75% até 2010.

No ano passado, o volume de negócios entre os dois países foi de US$ 11 bilhões, mas, desde o início dos anos 90, o resultado é negativo para o Brasil. Em 2005, foram exportados US$ 5,023 bilhões e importados US$ 6,144 bilhões.

Com a ofensiva na área de biocombustível, disse Furlan, “a Alemanha pode ser um ponto de mais atração para os negócios brasileiros”. O vice-ministro alemão de Economia, Bernd Pfaffenbach, confirmou que o país tem grande interesse no biocombustível brasileiro, devido ao seu baixo custo e enorme capacidade de produção. Mas ele lembrou que os agricultores alemães fazem pressão contra a importação de produtos agrícolas de fora da União Européia.

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues disse que o Brasil está pronto para suprir de etanol os motores alemães, pois já produz hoje 2,5 bilhões de litros a mais do que consome (17,5 bilhões de litros) e, em dez anos, chegará a 27 bilhões de litros.