Depois de vender 12,5 por cento da Gávea Investimentos para o fundo da universidade de Harvard, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que comanda a administradora de recursos, pode enveredar para o mercado de biocombustíveis.
Fraga afirmou que está avaliando alguns investimentos, principalmente no mercado de etanol. “Nós já examinamos algumas coisas nesse setor e até agora não fizemos nenhum investimento.”
“Durante um certo momento, parecia que o setor vivia uma certa euforia. Em geral, em momentos de euforia, os preços sobem demais. Os preços ficaram caros para nós. A um nível mais razoável e a um preço certo, nós investiríamos nesse setor”, disse Fraga a jornalistas, durante um seminário da Fundação Getúlio Vargas.
“Acho o setor muito bom, o Brasil é uma potência nesse setor. Num preço bom, o setor nos agrada muito e nos interessa mais, mas até agora não encontramos nada”, acrescentou Fraga, ao afirmar que outras áreas exploradas pelo Gávea Investimentos são infra-estrutura e consumo.
Fraga chegou a ser citado como um dos interessados em comprar parte das ações da Vale do Rosário, antes da fusão com a Companhia Energética Santa Elisa, que resultou na Santelisa Vale.
Segundo Fraga, os recursos provenientes da venda do fundo de investimentos Gávea serão destinados às três principais carteiras do fundo: uma multimercados, outra na área de gestão de patrimônio e a terceira de investimentos a longo prazo.
“Os recursos da venda ficarão 100 por cento investidos nos nossos fundos, ou seja, nessas três áreas.”
Fraga admitiu que a crise provocada nos mercados de crédito dificultou as operações dos últimos cinco meses, e a expectativa é que a volatilidade continue.