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Funcionários da usina Quebra Coco voltam a cogitar greve

A Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool e a Agrisul, proprietárias da usina Quebra Coco, em Sidrolândia, têm até esta sexta-feira (25 de janeiro) para efetuar o pagamento das férias coletivas de seus mais de 300 funcionários, sob ameaça de ver as atividades paralisadas pelos trabalhadores. O alerta partiu do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Açúcar e Álcool de Rio Brilhante, ao exigir o cumprimento de acordo firmado com o Ministério Público do Trabalho.

Oviedo Santos, que representa o sindicato em Sidrolândia, lembrou que no início da semana representantes da usina e dos trabalhadores pactuaram no MPT acordo para o pagamento do benefício, que estaria atrasado desde 16 de dezembro. O salário do mês anterior também não havia sido pago no prazo, sendo encaminhado aos trabalhadores na semana passada após queixa aos promotores.

Pelo acordo, a usina deve pagar as férias coletivas e multa de 20% sobre o piso da categoria – resultando em um adicional de R$ 95 a cada trabalhador, segundo informou a assessoria do sindicato. Se os valores não forem pagos, os funcionários entraram automaticamente em greve na segunda-feira (28) e ameaçam voltar ao MPT. A Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso do Sul também acompanha o caso.

Desde o final de 2007, a Quebra Coco vem enfrentando protestos dos funcionários referentes a atrasos salariais. Em pelo menos duas ocasiões as atividades na empresa foram paralisadas, sendo necessária a intervenção do MPT.