Açúcar e etanol

FPBio defende união do setor produtivo para fortalecer movimento pela expansão dos biocombustíveis no país

Projeto de lei Combustível do Futuro é um dos caminhos para assegurar a expansão de energia limpa, diz o presidente da frente, deputado Alceu Moreira.

Alceu Moreira fala durante seminario da Abiove (Divulgação: FPBio/Sergio Cross)
Alceu Moreira fala durante seminario da Abiove (Divulgação: FPBio/Sergio Cross)

O presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), defende que todos os setores produtivos envolvidos com os biocombustíveis devem estar unidos para fortalecer o movimento pela sua expansão no país. Um exemplo é a tramitação do projeto de lei Combustível do Futuro, já aprovado pela Câmara dos Deputados e aguardando votação no Sendo Federal. 

A FPBio age junto ao Executivo e ao Congresso para que o texto original seja aprovado na íntegra pelo Senado, sem alterações.

No caso do biodiesel, ele diz que a FPBio tem agido para “promover uma mudança de cultura” que, de um lado, visa combater preconceitos e informações falsas sobre esse biocombustível, e, de outro, “busca estabelecer previsibilidade e segurança jurídica, regras claras” para sedimentar os caminhos para investimentos bilionários nesse segmento de energia limpa. O projeto de lei é um dos instrumentos para isso.

Alceu Moreira participou na manhã desta 5ª feira (18/7) do Seminário “Desafios para o Segmento Diesel no Brasil nos próximos 20 anos”, organizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), na FGV, em São Paulo. Também participaram do painel Pietro Mendes, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (representando o ministro Alexandre Silveira), André Nassar, presidente-executivo da Abiove, e Guilherme Bastos, coordenador da FGV Agro. .

O deputado destacou as estratégias de atuação política da FPBio, que têm resultado em avanços para construir cenários mais favoráveis ao biodiesel, na comparação com anos anteriores. Segundo ele, a negociação política “não pode ser extrema. Devemos buscar caminhos convergentes, agir de forma racional, inteligente”. Promover o debate em termos técnicos também é ponto fundamental, ressalta Alceu Moreira. “Não basta fechar acordo com as lideranças políticas”, é preciso demonstrar certeza absoluta sobre a qualidade do produto, suas vantagens para os brasileiros e para o país “e é o que a FPBio e as entidades empresariais do biodiesel têm tido sucesso em fazê-lo”, diz.

Em relação ao tema do seminário, Alceu Moreira diz vislumbrar a proliferação de agroindústrias em várias partes do interior do país, conectadas a extensas cadeias produtivas de diversos segmentos econômicos, de produção e logística, voltadas a produzir biodiesel, bem como a expandir setores como de ração e produção de proteína animal, assim como de carnes – segmentos beneficiados diretamente pela maior produção de biodiesel. “Isso representará a redenção socioeconômica de muitos municípios, muitas regiões pelo país, com a agroindustrialização do interior do Brasil estimulada pelo biodiesel”, afirma.

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