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Fotos de satélite quantificam componentes do solo

A diferenciação de solo argiloso de um arenoso já pode ser feita por meio de fotos de satélite. Isto é o que demonstra tese de doutorado de Marcos Nanni que desenvolveu pesquisa – sob a orientação do professor Alexandre Demattê – no Laboratório de Sensoriamento Remoto, do Departamento de Solos e Nutrição de Plantas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), de Piracicaba, SP. O trabalho foi capa na revista Soil Science Society of América Journal, considerada a mais conceituada do mundo na área de ciência do solo.

A pesquisa mostrou que é possível identificar componentes do solo, como areia, argila e matéria orgânica – que interagem com a luz solar nos diferentes comprimentos de onda -, por meio de sensores localizados a aproximadamente 800 quilômetros da superfície da Terra. O resultado, analisado e interpretado, gera modelos matemáticos que visam estimar a quantidade de cada componente na amostra da terra, de uma maneira mais rápida do que o sistema convencional. Os pesquisadores pretendem, também, colocar estes sensores em tratores para que ocorra a medição automática dos componentes do solo.