Se a economia do país crescer a uma taxa anual de 5%, todos os anos, poderá haver déficit de energia de aproximadamente 600 MW em 2010, de acordo com levantamento feito pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética, estatal).

O déficit não preocupa o governo. “Esses 600 MW médios podem ser contratados nos leilões”, disse Maurício Tolmasquim, presidente da estatal.

Até 2008 a situação de suprimento de energia é considerada boa. “Várias usinas já estão vertendo [jogando água fora dos reservatórios] no Sudeste. Está vertendo o equivalente a uma Itaipu”, afirmou Tolmasquim.

A partir de 2008, o governo conta com o aumento da oferta de gás natural para termelétricas.

O Ministério da Fazenda divulgou nota informando que “em nenhum momento um estudo da Seae [Secretaria de Acompanhamento Econômico] sinaliza a inevitabilidade de um aumento do déficit de energia que possa comprometer o crescimento”. A nota se referia a reportagem publicada em “O Estado de S. Paulo” no domingo, que dizia ser baseada em relatório confidencial da Seae dando conta de perigo de falta de oferta de energia suficiente para abastecer o país caso a economia cresça 4% ou mais ao ano entre 2007 e 2010.