A Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) realizou, essa semana, a primeira reunião de balanço do trabalho dos agentes tecnológicos que integram o Laboratório de Controle de Qualidade, responsável pela inspeção da moagem da cana de seus associados, processada nas oito usinas da Paraíba.
As questões mais discutidas na oportunidade foram a quebra de equipamentos nas usinas e a alta quantidade de impurezas presente na cana que está sendo moída.
O encontro acontecerá mensalmente e objetiva levantar e propor medidas para corrigir possíveis falhas que possam ocorrer durante o trabalho de acompanhamento nas usinas.
Com uma equipe composta por 18 fiscais que acompanham 24 horas o trabalho de moagem da safra 2013/2014, iniciada em setembro, o serviço de fiscalização nas usinas contribui para que o fornecedor de cana não seja prejudicado no momento do recebimento de seu pagamento pela matéria-prima entregue às usinas/destilarias do Estado. O objetivo dos encontros e da própria atividade realizada pelos agentes foi um dos temas lembrados pelo Coordenador do DETEC, Vamberto de Freitas, que abriu a reunião junto ao consultor e pesquisador da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Francisco Dutra Melo, e ao supervisor de fiscalização, Edvam Silva, também responsáveis pela capacitação da equipe.
Os assuntos apontados pelos agentes tecnológicos foram sobre impureza que está vindo junto à cana e a quebra de equipamentos. “Tem muita palha vindo junto à cana e às vezes o fornecedor não sabe o que acontece e vem questionar porque antes a sua cana estava boa”, disse uma das fiscais presentes. Temos que mostrar para o fornecedor de cana o quanto que ele perde com a quantidade de palha que vem junto à cana nos caminhões”, afirmou o pesquisador
Já em relação à quebra de equipamentos, balanças, sondas e impressoras foram os mais apontados. Para tentar reduzir a quantidade de ocorrências nas usinas, Francisco Dutra, junto ao supervisor de fiscalização, teve a ideia de realizar espécies de “rondas” nas usinas de dois em dois meses para verificação e testagem de equipamentos. “O que acontece é por falta de manutenção”, disse Francisco Dutra.
Safra
Dutra disse que essa foi uma safra diferente das outras porque os fornecedores de cana foram pegos pela seca e não sabiam, na realidade, se iam ter ou não safra. Posteriormente, em função da seca, a moagem começou um pouco mais tarde para ver se chovia. “Pouco antes das usinas começarem a moer surgiu a chuva, mas a quantidade de Açúcar Total Recuperável (ATR) ainda estava baixa porque a planta ainda estava crescendo, o que fez com que a cana inicialmente moída apresentasse uma taxa menor de açúcar. Agora é que essa cana está começando a melhorar . A planta que chegou ao tamanho ideal e que está sendo moída agora já apresenta uma ATR mais alta”, explicou Francisco Dutra.